sábado, 25 de abril de 2009

Dela

Ela já não entendia bem as coisas, eram tantos os caminhos que ela podia ter tomado mas ela escolheu as coisas assim, nada fáceis. Ir atrás de sonhos já não era bem o que ela estava fazendo, tinha mais a ver com deixar os sonhos virarem realidade. Nada de dores de cabeça, o que ela queria era uma noite de rock and roll, e o que ela teve? Uma noite de steinhaeger. As coisas começaram devagar, a noite parecia que não ia terminar, poderia ela ter ido embora antes da hora? Sim! Ela teve essa opção, opção essa que ela rejeitou, porque não foi o calor que o álcool provocou que fez ela ficar, ela contava com aquela oportunidade e ela não queria ir embora. Blusa nova, salto alto, e quando um beijo é visto, é visto que humores se alteraram, e agora? A proposta de ter ido embora antes nunca tinha lhe parecido tão conveniente como naquele instante. Ir embora? Deixando só o aroma do gosto de perfume? Ela não faria isso, parecer fraca e indefesa era tudo o que ela não faria aquela noite. Nessas horas, um beijo repetido cura orgulho ferido. Nem que seja pra deixar ela saber que ainda está num salto agulha. E depois de mais alguns (muitos) copos, ela atravessa o salão e pergunta: "você ainda vai me levar embora?", seguido de um beijo ao pé do ouvido e a cara de cachorro sem dono (ui). Ele garantiu que sim. Mas o que ela poderia fazer com o beijo repetido que segurava a mão agora? A decisão dela foi continuar lá até a (tão esperada) hora de ir embora. Fim de show. Fim de beijo. E mal sabia ela, mas aquele (ai), era o fim dela. Entrar no carro, com amiga junto pra não ser tão explícita. (mais explícita que o beijo ao pé do ouvido? ok, a história é sua, faz dela o que bem entender...). Ela esqueceu que usava salto, esqueceu que estava com a blusa nova, só sabia lembrar que o álcool estava passando e a insegurança voltava de mala e cuia. Ela não se lembra direito se foi no primeiro beijo mesmo ou nos seguintes que ela concluiu que ele era cara pra namorar. Mas ele não concluiu nada, além de falar sobre a ex e os dramas e tramas que ela proporcionou. Ela começou a surtar. Ela já não tinha certeza se aquele salto era o dela. A noite gritava por um fim, e ela por um pouquinho de atenção. Nada em comum além de duas mãos dadas desde então.

sábado, 18 de abril de 2009

vampiro, a máscara

"...só de olhar posso dizer que você não está entendendo. (...) Sinto muito, minha querida, mas tenho uma surpresa para você. (...)
Então sente-se. Por favor, eu insisto que você fique confortável. Sirva-se de algo para beber, de preferência da jarra à esquerda - a da direita possui um sabor excêntrico. Esta será uma longa noite, e creio que você vai precisar de uma bebida forte... ou até mesmo duas. (...) Em outras palavras, você não sabe coisa alguma sobre a maneira que o mundo realmente funciona, e eu vou abrir seus olhos. Mas temo, minha querida, que você não vai gostar do que vai ver..."

Menos isso

Que bom que o dia findou-se, meus olhos já não suportariam tanto. Que bom que a noite pode mudar nosso humor, inclusive nos matar de vergonha. Que bom que podemos respirar fundo com a tranquilidade de uma criança e a paz de um fim de guerra. Que bom que nossos dias podem ser diferentes e que nossas vontades mudam. Que bom que alguém lá em cima tem olhado por mim. Que bom que os dias estão indo, tranquilo e pacificamente. Que bom que o tempo frio chegou. Que bom que GGirl volta segunda. Que bom estar em casa. É bom saber que tenho tido melhoras, significativas, ao contrário de antes, tenho corrido do que me é nocivo. Dessa forma eu tenho me sentido melhor, mesmo tendo chorado muito nas últimas semanas. Ainda quero que me tire daqui, daqui aqui ó.
Ideias erradas sobre mim. Repito. Ideias erradas.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

the third

já que nada muda por aqui
só você que sabe o jeito de fazer sorrir
parece até que eu inventei você
então pede mais um trago
ascende um cigarro
fica um pouco mais
meu relógio tá louco
espera mais um pouco
agora tanto faz

ei, me tira daqui.

domingo, 12 de abril de 2009

tinta de caneta preta

O que fazer com as coisas que não se pode controlar?
Eu fico na espreita, de penumbras e madrugadas faz-se meus tempos. Morra a sua espera, se me disser que devo esperar. Corro dos meus medos que têm cara de vovozinha e chapeuzinho vermelho. O telefone não me basta, as lágrimas fazem ele desligar. A vontade de berrar minha música em alto e bom som... Eu podia ter ido antes, eu podia ter ido depois, eu podia ter ido em qualquer época, eu só não podia era ter ficado inerte. Não venha me dizer o que eu não preciso ouvir, não tente acabar com a minha educação arrogante, porque infelizmente cada minuto seu tentando, é um meu desistindo.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

aos desavisados

Devem pensar que sofro de surdez, ou mesmo de coma alcoólico.
Talvez também de fraca memória e que meu relógio está quebrado.
Que me sinto confortável com a situação e que estou muitíssimo feliz, obrigada.
Só o que eles não sabem é que agora eu daria tudo pra estar em casa.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sabe o que eu queria agora?

O frio do ventilador contrastando com o calor da coberta.
O arrepio frio no calor das 2 da tarde.
Queria não ter que ir embora, nem que ficar de cara feia, nem stressar...
Ainda acho que não sei o que está acontecendo comigo.
=(