domingo, 12 de dezembro de 2021

fala não.

 Há muito tempo não escrevo. E não é por falta de vontade, é mais por medo. Quando escrevo coloco todos os meus demônios na ponta dos dedos e ultimamente não tenho querido batalhas das quais não tenho certeza se posso vencer. Ontem mesmo eu estava pensando, troquei de perfume, deixei o cabelo crescer, mudei a alimentação, cortei os cochilos da tarde, tenho praticado higiene do sono, respeitei escolhas alheias, cumpri metas e horários, dediquei tempo e atenção a quem me fez o mesmo, dancei, conheci novos lugares e pessoas, me reuni com equipes maravilhosas de estágio, monitoria, faculdade, clínica, fórum, passei a assoprar canela no dia primeiro, cortei o açúcar do café, dei preferência para andar a pé, ouvi músicas novas e algumas velhas que evitava, chorei dirigindo e trabalhando e estudando e fazendo estágio e na supervisão e na monitoria e no caminho e fazendo almoço e limpando a casa e na terapia, assumi erros e escolhas, conheci alguém que sempre esteve comigo - eu. Foi um ano tão difícil, onde eu perdi e ganhei tanto, um ano que demorou passar e de repente é dezembro. Mas foi um ano, só um, que em breve fica para trás e será apenas uma memória, e assim preciso que seja, porque sinto que cresci tanto que não me cabe mais em 2021, preciso de espaço para continuar meu crescimento, e é por isso que não vejo a hora de chegar com o pé direito em 2022, porque eu quero mais, eu preciso de mais e eu mereço mais.