quarta-feira, 27 de junho de 2012

tem que ser agora.

Olha, vou correr o risco de parecer uma velha. Mas tem coisas que todo mundo devia ouvir, só pra saber onde está e o que devia estar fazendo. O mundo é gigante, muito grande mesmo, mas a vida é muito pequena. E os dias passam rápido. E sabe aquelas brigas bestas que você tem com quem ama? Pois é, aquilo machuca, sabia? Eu sei que não era sua intensão, mas dói. E muito. Mas a gente tem que aprender a viver mais, viver bem. Deixar de implicância, deixar de ciumes, é seu! Ouça: se é seu, é seu. Fique mais tranquilo. Abrace mais, sorria mais, faça com que as pessoas sorriam, eu juro que as coisas ficam melhores. Aprenda a viver um dia depois do outro, e você verá o quanto é bom respirar. Ame mais. Ame tudo, se emocione. Se joga! Se permita. E depois se precisar chorar, você tem meu ombro. E se doer, você já vai aprender onde não deve pisar, e em quem não deve pisar. E eu quero te ver bem. Olha que delícia de vida! Vem?

quarta-feira, 13 de junho de 2012

pensando antes de perguntar.

eu quero você de novo. quero perder o rumo, a hora e a prosa. quero perder o medo, a blusa e o destino. te achar me oferecendo casa, comida, roupa lavada. com cheiro de lar. quero mais beijo, mais mão, me segura. eu quero seu sorriso, nós escondidos, ou sentados no chão. só mais um pouco. mesmo que o dia amanheça e que a gente tenha que se separar depois, quero sua mão segurando a minha, e depois pode passear. você pode. quero poder querer. porque você é uma delícia e me faz pensar em mim. e você faz eu não querer dormir, eu não querer fugir. sheila diz: então me diz, volta quando mesmo?

quarta-feira, 6 de junho de 2012

gim tônico

fiction
Num bar, no canto, lá estava ele.
Ele não me veria, não naquelas circunstâncias. Eu precisaria ter passado mais, no mínimo, 40 minutos me aprontando. Ele está lá, com a camisa de sempre, a calça de sempre e o sapato de sempre. E mesmo assim, mil vezes belo. Beleza que me inunda e me despe por não chegar aos seus pés. Um gim e não foi suficiente. Moço, me vê mais um. E esse nem vi bebendo. Ei, psiu, outro desse aqui oh! Agora eu tenho confiança, no gim que eu seguro. Ele me faz caminhar até a direção daquele ser que me puxa. Oi é tudo que sai da minha boca. oi. de volta. E eu perco o chão, as pernas, a confiança e acho que até o gim. Tá tudo bem sim comigo, e você? Hum. (como assim hum? COMO ASSIM HUM? isso mata conversa, isso mata assunto, isso mata até amor!). É, te vi sozinho, hum, quer dizer, de longe, e bom, sabe como é né, passei pra dar um oi mesmo e saber se tava tudo bem, afinal, quanto tempo não te vejo? pausa. Realmente faz bastante tempo. (tempo que me corroeu por dentro, que eu saia a sua procura, te procurei em todos os cantos de todos os bares, até finalmente te encontrar onde eu sempre te chamei pra ir e você nunca quis). Você bem sabe que é sempre bom te ver, me faz bem. (não acredito que eu repeti essa frase, depois de tanto tempo). (claro que ele vai dizer que vai ficar com os amigos... ou será que eu não o conheço mais?). Entendo, claro, seus amigos = suas prioridades, e quer saber de uma coisa, você faz bem. E repito, sempre bom falar com você.

Eu virei as costas, virei mesmo. Naquele dia ele foi doce, foi bom e gentil, mas ele foi ele, e por isso eu virei as costas sem olhar pra trás, porque quando eu atravessei o bar eu esperava que ele não fosse ele, ou que fosse o ele que eu queria que ele fosse. E não. Ele só foi ele. Do jeito que ele sempre foi e sempre será. E é por isso que nunca mais pisei naquele bar. Nem tenho mais costume de olhar para os cantos. Não quero te achar. Não quero te reconhecer muito menos reconhecer a roupa de sempre. Mantendo-me longe de você, fico mais eu, e quanto ao gim, bom, já que me lembra você e o bar, hoje prefiro outros gostos.

(como já tinha sido postado, merece voltar pro blog)