quarta-feira, 6 de maio de 2015

A arte da auto-sabotagem

Como sempre, esta sou eu, a pessoa que mais duvida das coisas boas, que torce 24hrs por elas, mas quando está tudo bem, eu sou a primeira a caçar defeitos. Queria mesmo era entender essa minha necessidade de estar triste ou preocupada, parece que em algum lugar da minha mente errada, o certo pra mim é sofrer. Talvez eu tenha lido em algum lugar que todos os escritores tem um lado sombrio. É que às vezes eu acho que não mereço ter aquilo que eu mais quero: a felicidade. Quando se tem 20 e poucos essa tarefa é super fácil, coisas difíceis e problemas surgem a todo momento. Aí você tem 20 e tantos e os problemas amenizam, aí você cria alguns absurdos pra não sair da rotina. Ou para me sentir mais adolescente problemática, que diga-se de passagem, eu levei bem a sério essa coisas de rebeldia. Eu me recuso inconscientemente o tempo todo a ter a idade que eu tenho, não me sinto preparada para fazer coisas que já devia ter completado há anos. Essa sou eu. Síndrome de Peter Pan. Ou talvez só queria ser a Sininho. A fantasia me convida a ignorar o mundo, e aí vou criando bruxas e maldições no meu conto de fadas. Sou tão prejudicial a mim que ao contrário de montar o sonho perfeito com cerquinha branca na frente da minha casa de campo, eu crio fantasmas e desastres, o meu maior inimigo sou eu mesma. Pode ser que eu não saiba viver feliz, com a vida seguindo tranquilamente o fluxo devido, ou talvez a minha felicidade seja atravessar meus medos, só sei que dói viver assim, nessa luta constante, onde eu vou perder e ganhar de mim, até eu me encontrar.

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