quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Não leia hoje.

Eu acredito em mim quando digo que não sinto nada por você, até porque existem dias que realmente não sinto. Você tá lá, meio que por minha conta, aliás, nossa conta, quando a gente se quiser. Mas aí você aparece, perguntando 'cadê você?' e eu já estava cheia de saudades e vontades, aí me vem aquele frio na barriga, uma ansiedade incomum, mãos suando e inquietude, estou indo te ver. Nunca é ruim, nunca me decepciona, nunca teremos nada. Quando estou com você me desligo do mundo, como se aquele colchão fosse nossa bolha, você pode me dizer o que quiser, vai ficar ali, vai ficar entre nós dois. E então eu vou embora, satisfeita, pensando em você, no quanto o seu cheiro é bom, no quanto eu sei que você estava me esperando, porque a verdade é que eu gosto de estar aí tanto quanto você gosta de me ter aí. Essa é uma das poucas certezas que eu tenho sobre você. Sei que você tem poucas bermudas, sei que tem um gato, não consigo te imaginar com aquelas botas, ouvi Faded. E escrevendo cada detalhe desse eu sorri, porque fui lembrando dos seus olhos nos meus. E, droga, isso é sintoma de paixão.

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