sexta-feira, 13 de abril de 2012

um nós meu.

Não vou ser de quem vai ser de mais alguém. Quando foi que chegamos nesse ponto? Ah. É mesmo, foi quando ficamos aquela primeira vez. Pois é, o que essa grande cidade tem pra me oferecer, eu vou. Nós ficamos, você dorme aqui e quando o dia fica claro, visto sua camiseta de marca e faço um café bem amargo pra te tirar da minha cama. Depois de meses fazendo isso, eu prefiro que você leve todas aquelas camisetas daqui, e aquela caneca ridícula que te faz lembrar 'nossa terra natal'. Você chega bêbado e eu estava pra sair. Te largo dormindo. Vou, mas fico com a cabeça na sua, aqui na minha cama. E aí ela te liga, e você diz que está em casa e que sente a falta dela. Na minha frente.

Só estou te falando todas essas coisas porque se você volta pra beber meu café horrível e me jogar no sofá velho da sala, é porque tem algo aí que você não está contando. Nunca te pedi pra deixá-la, ou pra me oficializar. Mas bem que eu queria alguns domingos pra poder dormir até tarde com você. De janela aberta pro sol bater e a gente se abraçar. O desapego me ensinou a desapegar até de mim. E por isso pode ir com seu cheiro que me faz dormir. Não vou te beijar mais e esquecer dos certos e errados que aprendi na escola. Se eu pegar a cola do amiguinho emprestada, hora ou outra, terei que devolver. E estou te devolvendo. Com selo e sem remetente. Por favor, deixe que minhas pernas se cruzem novamente, com as de outro alguém.

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